terça-feira, 13 de setembro de 2016

Desculpe o transtorno, preciso falar de românticos incorrigíveis

De ontem pra hoje aconteceu todo um bafafá no facebook devido a um texto que o Gregório duvivier postou falando da ex, Clarice Falcão. Mil pessoas compartilharam admirando a poesia com que ele transformou os 7 anos de relacionamento (pra fazer divulgação de seu filme ou não), fazendo aquela coisa de dar a sensação de coração quentinho que eu gosto de sentir.
De rebote, aproveitando a onda, Rafinha Bastos veio com um texto onde ele explica a relação com a sua mulher, totalmente diferente da anterior, bem escrachada no dia a dia dos relacionamentos, dizendo que aquilo ali é amor de verdade.

Pausa pro meu "mas poxa vida", a lá PC Siqueira.

Como em todo universo tem as pessoas que reclamam, as pessoas que reclamam dos que estão reclamando e ainda aqueles que reclamam dos que reclamam que estão reclamando, eu estou aqui pra fazer esse papel e defender o meu lado romântica incorrigível.

Eu cresci ouvindo Sandy e Junior e eles tinham uma música que dizia  "desde então toda noite só durmo pensando em você, tenho o sonho de amor mais bonito que alguém pode ter", eu cresci com com muito amor de irmã mais nova e paparicada, com a minha madrinha que deixava a gente encher um quarto com colchão pra dar estrelinhas e cambalhotas ou descer a escada surfando num colchão. Eu devorava livros na infância/adolescência de amor e tudo isso fez com que eu me tornasse essa pessoa que sabe expressar amor com palavras, encaixa-los em músicas, encontrar em poesias ou blogs da professora. Esse amor fora de moda, esse amor brega de apelido carinhoso, esse amor de dar nojo de tão meloso.
Eu vivo isso de cabeça mesmo e dei a sorte de encontrar alguém que vivesse isso junto comigo, o meu moá que me faz ficar com música do Bon Jovi na cabeça, que me enche de cosquinha no meio do dia, que dorme enquanto eu faço carinho, tira o cabelo do meu rosto enquanto eu falo, que mesmo cansado sai pra fazer minha vontade.
É o amor que vai no banheiro e me chama pra mostrar que cagou 2kg, que joga o pé cheio de chulé na minha cara pra tirar aquela unha encravada no dedão, que limpa meu vômito no carro e em mim depois de uma bebedeira minha daquelas, aquele amor de quem eu como o último pedaço guardado com carinho, que reclama que eu deixo calcinha jogada pela casa toda ou que dorme espremido no canto da parede porque eu ocupo a cama enorme que a gente tem sozinha. O que reclama da minha comida e ainda assim, o que eu não quis ficar lá com 14 anos porque na verdade na verdade, era muito galinha.
A gente vai aprimorando o nosso amor e escolhe o que vai fazer com ele e graças a Deus, nessa vida a gente pode ser qualquer coisa. Nosso amor pode ser o mais comum possível, do netflix e cachorro quente junto e essas coisas todas, mas a gente tb pode observar especial as vezes e enxergar a poesia e romantismo das pequenas coisas e encantar isso a ponto que eu queira que todo mundo veja, que todo mundo admire, que GRITE pro mundo inteiro ouvir que meu amor pode ser poesia, do jeito daquela pergunta clássica se a arte imita a vida.